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Em meio a novas acomodações, ninguém procura o PT para se filiar. Será por quê?

 
O PT quase foi enterrado em Mato Grosso nas urnas de 2014 e o cenário político para o partido não é nada animador às próximas eleições. Sob profundo desgaste e manchado pelos escândalos de corrupção, corre-se o risco de perder mais representatividade ainda. Nesta fase de negociações para mudanças partidárias, aproveitando-se de brechas na lei, nenhuma liderança expressiva manifesta interesse em aderir ao PT, mesmo com a força de quem comanda o país com a presidente Dilma.
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PT perde espaço no Estado em ocupação de cargos eletivos e a tendência é piorar nas próximas eleições
No pleito do ano passado, apenas um petista se salvou do teste das urnas para contar história: Ságuas Moraes. Ele se reelegeu à Câmara Federal.  Todos que tentaram vaga à Assembleia receberam cartão vermelho do eleitor. O projeto majoritário também naufragou.
É a primeira vez nos últimos 15 anos que o petismo fica sem um representante na Assembleia. Já teve deputados atuantes, como Gilney Viana, Serys Marli e Verinha Araújo. Os últimos, já na fase de declínio da legenda, foram Ademir Brunetto e Alexandre Cesar. Hoje, o PT vive a triste situação de depender de brigas jurídicas para, no tapetão, tentar levar Valdir Barranco a uma vaga na AL.
Prefeitos e vereadores
Dos 10 prefeitos petistas eleitos em 2012 no Estado, um pulou. Aliás, foi arrancado da prefeitura. Trata-se de Zé do PT, de Porto Esperidião, por improbidade administrativa. Os demais são de municípios com pequeno colégio eleitoral. Possui 104 vereadores, entre eles os de Cuiabá Arilson Silva e Alan Kardec, com atuação apagada. Os prognósticos são de que o PT terá dificuldades para garantir uma vaga na Câmara da Capital em 2016.
Enquanto outras legendas reforçam o time para novos embates, o PT perde quadros. Sob decepção e sentindo-se envergonhados, muitos estão pedindo desfiliação. Assim, restarão poucos para contar história de um partido que não soube conviver com o poder. Figuras graúdas do petismo praticaram corrupção e seguem protegidas. E se valem da dissimulação, com práticas paradoxais. Defendem democracia, mas trabalham pelo comunismo, pelo controle total da sociedade. Falam em transparência, mas escondem informações importantes. O destino não poderia ser outro. Foi-se o PT.
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